A tarefa da Igreja é evangelizar.
Anunciar a boa-nova de Jesus Cristo a todos os povos. Ela é, deste modo,
chamada a sair de si, a ir ao encontro de cada pessoa que caminha nas estradas
deste mundo, pois como nos afirmara São João Paulo II, o homem é a via da
Igreja. A boa-nova da Igreja é, antes de tudo, uma pessoa, Jesus Cristo e o seu
papel é ser lugar do encontro com o Senhor, torná-Lo contemporâneo a cada
pessoa.
Nessa dinâmica missionária,
seguindo as indicações de Papa Francisco, a Igreja é convidada a: primeirar, envolver-se, acompanhar,
frutificar e festejar. Trata-se, na verdade, de passos que devem orientar o
agir da Igreja.
Pimeirar: tomar a iniciativa, ir ao encontro dos afastados,
convidar os excluídos. Envolver-se:
entrar na vida das pessoas, compartilhá-la e, ser for necessário, abaixar-se. Acompanhar: seguir, com paciência, o
caminho gradual de cada pessoa, mesmo que seja longo, duro e penoso. Frutificar: buscar a fecundidade das
pessoas em vida nova perpassada pela Palavra de Deus. Festejar: celebrar as vitórias, os passos dados, sobretudo na
beleza da liturgia.
Toda esta ação é impulsionada
pelo Espírito que nos faz avançar, vencendo os nossos medos e resistências. Ele
é o protagonista da atividade missionária. Tal consciência deve fazer com que
não nos deixemos abater diante dos desafios e obstáculos, que por vezes, podem
parecer intransponíveis.
Diante das dificuldades podemos
ser tentados a permanecer num pessimismo que pode nos tornar, como afirmara São
João XXIII, em profetas de desgraças que acham que nos encontramos numa viela.
O Espírito é chama ardente, fogo
abrasador que destrói as barreiras que se impõem no caminho do evangelho, mas
também é fogo que aquece, libertando da frieza e da indiferença. Como fonte de
vida, Ele é o princípio de criatividade da Igreja, fazendo-a descobrir os novos
modos e formas para anunciar Cristo hoje.
É o Espírito que santifica a
Igreja, libertando-a da sua incapacidade e fragilidade. Ele suscita corações
generosos e ardorosos que são capazes até do sacrifício da própria vida. É Ele
também que purifica a Igreja, fazendo-a tornar-se fiel a sua vocação e aderir
com total determinação à verdade que é o próprio Cristo.
O profeta Ezequiel contempla no
vale uma abundância de ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14) que representam o
povo de Israel, sem vida e esperança. Eles são transformados, ganhando carne e
espírito. Queremos, humildemente, suplicar do Senhor o dom do Espírito sobre
nós, para que ganhemos vida e anunciemos e testemunhemos, com coragem e vigor,
Jesus Cristo, nossa vida e esperança.
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
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