sexta-feira, 4 de julho de 2014

Conhecer para ser


Atualmente, o conhecimento tornou-se um dos grandes meios de produção. Por ele, o homem se apropria da realidade e capacita-se para dominá-la e, até, transformá-la.  Conhecer é uma das grandes dádivas que Deus concedeu ao homem e o “sede fecundos” do livro do Gênesis significa, também, exercitar  e desenvolver essa habilidade da qual é dotado.

A capacidade de conhecer foi também atingida pelo pecado de tal sorte que, infelizmente o homem utiliza-a para o mal. Ele já até conseguiu criar a possibilidade de auto-destruição, bem como desenvolveu armamentos bélicos muito sofisticados. Hoje, se diz: conhecer é poder. Quem detém nessa sociedade  conhecimentos, que são utilizados  para incrementar o mercado, aperfeiçoando  e inovando as realidades, detém também o poderio econômico.

Há, por conseguinte, uma busca pelo conhecimento enquanto modo de afirmação, pois na sociedade a  pessoa é pelo título que ostenta. A própria competitividade entre os países dependerá  do nível de instrução dos seus cidadãos.

Na progressão da capacidade de conhecer do homem, ele a desvinculou de algo fundamental: a verdade. E a associou ao mercado. O que importa é produzir e gerar lucros, não tendo presente questões fundamentais, tais como: o valor da pessoa, a sua dignidade, o bem, a ética, a fé.

Colocando de lado essas questões e, não buscando conhecê-las em profundidade, o homem chegou a utilizar o conhecimento contra si prórprio. Tal realidade é bastante perceptivel no âmbito das pesquisas de engenharia genética, em que  a realidade do ser humano, desde a sua fecundação é negada.

Este tipo de utlização do conhecimento degrada o homem e não faz jus à sua condição de criatura criada à imagem e semelhança de Deus e, portanto, chamada a amar e construir a civilização do amor onde o homem todo e todos os homens participam do desenvolvimento integral.

Um conhecimento meramente técnico não conduz o homem a ser em plenitude. É preciso que ele busque conhecer também a verdade do que ele é, do que é chamado a ser, da sua missão nesse mundo. Quando envereda por esse caminho a sua capacidade de conhecer torna-se uma realidade que o faz ser em plenitude e, por conseguinte, mais humano.

Pe. Pedro Moraes Brito Júnior

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