Atualmente, o
conhecimento tornou-se um dos grandes meios de produção. Por ele, o homem se
apropria da realidade e capacita-se para dominá-la e, até, transformá-la. Conhecer é uma das grandes dádivas que Deus
concedeu ao homem e o “sede fecundos” do livro do Gênesis significa, também,
exercitar e desenvolver essa habilidade
da qual é dotado.
A capacidade de
conhecer foi também atingida pelo pecado de tal sorte que, infelizmente o homem
utiliza-a para o mal. Ele já até conseguiu criar a possibilidade de
auto-destruição, bem como desenvolveu armamentos bélicos muito sofisticados.
Hoje, se diz: conhecer é poder. Quem detém nessa sociedade conhecimentos, que são utilizados para incrementar o mercado,
aperfeiçoando e inovando as realidades,
detém também o poderio econômico.
Há, por
conseguinte, uma busca pelo conhecimento enquanto modo de afirmação, pois na
sociedade a pessoa é pelo título que
ostenta. A própria competitividade entre os países dependerá do nível de instrução dos seus cidadãos.
Na progressão da
capacidade de conhecer do homem, ele a desvinculou de algo fundamental: a verdade.
E a associou ao mercado. O que importa é produzir e gerar lucros, não tendo
presente questões fundamentais, tais como: o valor da pessoa, a sua dignidade,
o bem, a ética, a fé.
Colocando de
lado essas questões e, não buscando conhecê-las em profundidade, o homem chegou
a utilizar o conhecimento contra si prórprio. Tal realidade é bastante
perceptivel no âmbito das pesquisas de engenharia genética, em que a realidade do ser humano, desde a sua
fecundação é negada.
Este tipo de
utlização do conhecimento degrada o homem e não faz jus à sua condição de
criatura criada à imagem e semelhança de Deus e, portanto, chamada a amar e
construir a civilização do amor onde o homem todo e todos os homens participam
do desenvolvimento integral.
Um conhecimento
meramente técnico não conduz o homem a ser em plenitude. É preciso que ele
busque conhecer também a verdade do que ele é, do que é chamado a ser, da sua
missão nesse mundo. Quando envereda por esse caminho a sua capacidade de conhecer
torna-se uma realidade que o faz ser em plenitude e, por conseguinte, mais
humano.
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
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