sábado, 24 de maio de 2014

Testemunhas da Esperança


O Senhor nos redimiu, nos salvou, concedendo-nos uma esperança, “graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente” (SS, 1). A vida, não obstante as suas dificuldades, pode ser vivida com ânimo e vigor, pois a esperança em Cristo Jesus nos impulsiona a viver os desafios do dia a dia.

Na força do Espírito, por meio do qual o Pai fez rolar a pedra do sepulcro e ressuscitou o seu Filho bem amado, podemos caminhar positivamente, acreditando que o mal, nas suas mais variadas expressões, não é a última resposta para o homem. A dor, o sofrimento, a morte não são realidades definitivas em nossa vida.

Encontrando a Cristo, nossa esperança, fazemos a mesma experiência dos discípulos de Emaús. A tristeza é superada, o coração se aquece, os olhos se abrem para enxergar no outro um irmão, a vida ganha sentido, porque depois da cruz vem a luz.

Movidos por essa esperança do Senhor que está vivo e presente em seu meio, eles se põem alegremente a correr para anunciar aos outros discípulos, que o amor venceu, que a vida trinfou. Eles podem esperar!
Sim, nós também, na fé do Senhor ressuscitado, podemos esperar, acreditando que Deus tem o timão da história em suas mãos. Não vivemos a mercê, sem eira nem beira, nossa vida não está fadada ao vazio. Descortinamos um horizonte que nos faz viver o agora presente com intensidade.

Cremos na vida eterna, na ressurreição! Acreditamos que o Cristo bom pastor nos conduz pelos caminhos da vida, dando-nos força e coragem, bem como cremos que Ele mesmo, com o seu bastão e seu cajado nos conduz, atravessando conosco o vale da morte e conduzindo-nos para as águas repousantes da eternidade. Por isso não tememos mal algum, nem mesmo a morte, pois se com Ele morremos, como Ele haveremos de viver.

Jesus é o caminho que nos conduz ao Pai. Ele nos leva a conhecê-lo em plenitude. “Chegar a conhecer a Deus, o verdadeiro Deus: isto significa receber esperança” (SS, 3). Na verdade caminhamos na certeza de que somos amados pelo Pai e que somos esperados por esse Amor. Trata de um viver esponsal, onde o Amado anseia pela sua amada e esta deseja com Ele encontrar-se. É o que exprime Santa Teresa d’Ávila, quando diz: “Vivo já fora de mim, desde que morro d’Amor porque vivo no Senhor que me escolheu para Si; quando o coração Lhe dei com terno amor lhe gravei: que morro porque não morro”.

Como afirma o nosso querido Papa Francisco, “não deixemos que nos roubem a esperança!” Não queremos viver como “pessimistas lamurientos e mal-humorados desencantados”, nem tampouco como “profetas de desgraças”. Na força do Senhor ressuscitado, dizemos “não ao pessimismo estéril” e caminhamos com a certeza da vitória, graças Aquele que venceu. Com Ele somos mais que vencedores: filhos amados e esperados por Deus.


Pe. Pedro Moraes Brito Júnior

0 comentários :

Postar um comentário