O Senhor nos redimiu, nos salvou,
concedendo-nos uma esperança, “graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo
presente” (SS, 1). A vida, não obstante as suas dificuldades, pode ser vivida
com ânimo e vigor, pois a esperança em Cristo Jesus nos impulsiona a viver os
desafios do dia a dia.
Na força do Espírito, por meio do
qual o Pai fez rolar a pedra do sepulcro e ressuscitou o seu Filho bem amado,
podemos caminhar positivamente, acreditando que o mal, nas suas mais variadas
expressões, não é a última resposta para o homem. A dor, o sofrimento, a morte
não são realidades definitivas em nossa vida.
Encontrando a Cristo, nossa
esperança, fazemos a mesma experiência dos discípulos de Emaús. A tristeza é
superada, o coração se aquece, os olhos se abrem para enxergar no outro um
irmão, a vida ganha sentido, porque depois da cruz vem a luz.
Movidos por essa esperança do
Senhor que está vivo e presente em seu meio, eles se põem alegremente a correr
para anunciar aos outros discípulos, que o amor venceu, que a vida trinfou.
Eles podem esperar!
Sim, nós também, na fé do Senhor
ressuscitado, podemos esperar, acreditando que Deus tem o timão da história em
suas mãos. Não vivemos a mercê, sem eira nem beira, nossa vida não está fadada
ao vazio. Descortinamos um horizonte que nos faz viver o agora presente com
intensidade.
Cremos na vida eterna, na
ressurreição! Acreditamos que o Cristo bom pastor nos conduz pelos caminhos da
vida, dando-nos força e coragem, bem como cremos que Ele mesmo, com o seu
bastão e seu cajado nos conduz, atravessando conosco o vale da morte e
conduzindo-nos para as águas repousantes da eternidade. Por isso não tememos
mal algum, nem mesmo a morte, pois se com Ele morremos, como Ele haveremos de
viver.
Jesus é o caminho que nos conduz
ao Pai. Ele nos leva a conhecê-lo em plenitude. “Chegar a conhecer a Deus, o
verdadeiro Deus: isto significa receber esperança” (SS, 3). Na verdade
caminhamos na certeza de que somos amados pelo Pai e que somos esperados por
esse Amor. Trata de um viver esponsal, onde o Amado anseia pela sua amada e
esta deseja com Ele encontrar-se. É o que exprime Santa Teresa d’Ávila, quando
diz: “Vivo já fora de mim, desde que morro d’Amor porque vivo no Senhor que me
escolheu para Si; quando o coração Lhe dei com terno amor lhe gravei: que morro
porque não morro”.
Como afirma o nosso querido Papa
Francisco, “não deixemos que nos roubem a esperança!” Não queremos viver como
“pessimistas lamurientos e mal-humorados desencantados”, nem tampouco como
“profetas de desgraças”. Na força do Senhor ressuscitado, dizemos “não ao
pessimismo estéril” e caminhamos com a certeza da vitória, graças Aquele que
venceu. Com Ele somos mais que vencedores: filhos amados e esperados por Deus.
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
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