Neste período do ano, as nossas
cidades e casas ganham adornos especiais. Arranjos, bolas, árvores natalícias,
presépios. A cidade se reveste de um encanto ímpar. Escutamos corais de
crianças a idosos entoarem o tradicional “Noite Feliz”. A família, na véspera
do Natal, se encontra para junta cear e trocar dons.
Tudo isto nasceu sem dúvida por
causa de uma Noite Feliz na qual nasceu uma criança que desceu das alturas para
conosco se encontrar. Hoje, não é tão óbvio dizer isto e, temos, assim,
necessidade de reafirmá-lo: sim, foi porque um menino nos foi dado. O Pai fez
dom de seu Filho, por meio do Espírito, a todos nós.
Fez dom para causar em nós o que
um presente provoca: alegria. O Pai nos dá seu Filho para alegrar o nosso
coração. Para tornar a nossa vida bela e mais plena. Mas o que dá beleza e
plenitude à vida? O amor! A criança que celebramos no dia 25 de dezembro é
encarnação do amor. É o próprio amor que toma forma humana na candura e
singeleza de uma criança.
O amor e a alegria andam de mãos
dadas. Esta nasce daquele. Nossa alegria nasce de nos sabermos amados e
queridos pelo Pai. Natal é Deus que vem para nos dizer que somos preciosos aos
seus olhos. Ele nos ama apesar do que somos e fazemos. Não obstante, não
merecermos nada.
Em todo o período do advento,
vivemos uma alegre expectativa da vinda de um menino, que vem para nos salvar.
Vem para tornar o nosso fardo mais leve; para nos sentirmos acolhidos por Ele,
que no presépio, se encontra de braços abertos e com olhos fixos em nós. Olhar
de ternura e compaixão; abraço, que além de acolher, perdoa, restaura, recompõe
o viver como na parábola do filho pródigo.
Permitamo-nos ser olhados e
abraçados, neste Natal, pelo Menino Deus que anseia presentear-nos com o dom de
Si próprio.
Esta festa da alegria de
sabermo-nos infinita e incondicionalmente amados indica-nos o caminho de sermos
mais plenos: além de receber, dar. Viver a alegria de amar, viver o dinamismo
de fazer-se dom. Natal é, deste modo, um convite a compreender a vida. Esta se
torna significativa somente no amor, no ser para os outros.
Deus se faz criança para ser o
nosso pedagogo no amor. Vamos tomar a mãozinha d’Ele e deixar que nos ensine a
amar. O pobre menino de Belém quer fazer-nos ricos no amor. Homens e mulheres grandes
no amor, que vivem a alegria do coração que se dilata, e não é centrado somente
em si. Olhos, coração, mãos que se abrem aos irmãos. Esta é alegria que o
Senhor nos quer ensinar a viver.
Deixemo-nos embalar por esse
dinamismo que o Menino de Belém nos aponta. Escutemos esse seu ni ná ná!
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
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