sexta-feira, 8 de março de 2013

Viver a alegria do amor incondicional – IV Domingo da Quaresma

O quarto domingo da quaresma, conhecido como Laetare (alegria), é um convite a experimentarmos a grandeza do amor de Deus que não conhece limites. A verdade do Seu ser é o amor, afirma o evangelista João: Deus é amor (1Jo 4,16).
Esta foi a grande verdade que o Papa Emérito Bento XVI quis proclamar, logo ao início de seu pontificado, com a sua primeira carta encíclica assim intitulada. Tratava-se de exprimir “com singular clareza, o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a conseqüente imagem do ser humano e do seu caminho” (DCE, n. 1).
A conhecida parábola do filho pródigo, que bem poderia ser chamada de parábola do pai misericordioso, quer revelar um aspecto fundamental do amor de Deus: a sua misericórdia. Ele volta o Seu coração para o miserável e faz festa pelo pecador arrependido que retorna. Na verdade, tal aspecto é expressão do amor gratuito de Deus que o torna incondicional. Ele não nos ama porque nos comportamos bem, nem age segundo os nossos méritos.
Ouçamos, mais uma vez, a esse respeito, Papa Bento XVI: “o amor apaixonado de Deus pelo seu povo – pelo ser humano – é ao mesmo tempo, um amor que perdoa. E é tão grande que chega a virar Deus contra si próprio, o seu amor contra a sua justiça” (DCE, n.10).
O amor de Deus nesta parábola é um amor em expectativa, que não pode ir além da liberdade do homem e, por isso, com esperança o aguarda. Um amor que espera o momento da união, fazendo-se dom para a felicidade do amado.
Um amor que nos ama por nós mesmos, por aquilo que somos. Que quer nos promover e, por isso, nos recria e nos refaz, fazendo festa com o nosso retorno e dando-nos a alegria de novamente sentirmo-nos filhos.
Como tais, resta-nos somente correr ao encontro desse Pai, decidindo-nos por Ele e permitindo-nos ser envolvidos por Seu abraço amoroso. Resta-nos também converter-nos a esse amor, deixando de ser não somente o filho mais novo, bem como o filho mais velho, que não vive a alegria do reencontro do irmão. É preciso que nos tornemos como o filho que conta a parábola: Jesus. Ele muito nos amou e, por isso, abriu seus braços na cruz para a todos acolher, fazendo-se dom de si próprio por nós.
Para sua reflexão e oração
1.      A sua imagem de Deus corresponde a da parábola do filho pródigo?
2.      Como está o seu crescimento no amor? O que há do filho mais novo e do filho mais velho em você? E o que fazer para tornar-se filho como Jesus?
3.      Não seria este o momento para buscar a confissão e experimentar a alegria do perdão?
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior

www.padrepedrojunior.blogspot.com

 

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