
Esta foi a grande verdade que o
Papa Emérito Bento XVI quis proclamar, logo ao início de seu pontificado, com a
sua primeira carta encíclica assim intitulada. Tratava-se de exprimir “com
singular clareza, o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a
conseqüente imagem do ser humano e do seu caminho” (DCE, n. 1).
A conhecida parábola do filho
pródigo, que bem poderia ser chamada de parábola do pai misericordioso, quer
revelar um aspecto fundamental do amor de Deus: a sua misericórdia. Ele volta o
Seu coração para o miserável e faz festa pelo pecador arrependido que retorna.
Na verdade, tal aspecto é expressão do amor gratuito de Deus que o torna
incondicional. Ele não nos ama porque nos comportamos bem, nem age segundo os
nossos méritos.
Ouçamos, mais uma vez, a esse
respeito, Papa Bento XVI: “o amor apaixonado de Deus pelo seu povo – pelo ser
humano – é ao mesmo tempo, um amor que perdoa. E é tão grande que chega a virar
Deus contra si próprio, o seu amor contra a sua justiça” (DCE, n.10).
O amor de Deus nesta parábola é
um amor em expectativa, que não pode ir além da liberdade do homem e, por isso,
com esperança o aguarda. Um amor que espera o momento da união, fazendo-se dom para
a felicidade do amado.
Um amor que nos ama por nós
mesmos, por aquilo que somos. Que quer nos promover e, por isso, nos recria e
nos refaz, fazendo festa com o nosso retorno e dando-nos a alegria de novamente
sentirmo-nos filhos.
Como tais, resta-nos somente correr
ao encontro desse Pai, decidindo-nos por Ele e permitindo-nos ser envolvidos
por Seu abraço amoroso. Resta-nos também converter-nos a esse amor, deixando de
ser não somente o filho mais novo, bem como o filho mais velho, que não vive a
alegria do reencontro do irmão. É preciso que nos tornemos como o filho que
conta a parábola: Jesus. Ele muito nos amou e, por isso, abriu seus braços na
cruz para a todos acolher, fazendo-se dom de si próprio por nós.
Para sua
reflexão e oração
1.
A sua imagem de
Deus corresponde a da parábola do filho pródigo?
2.
Como está o seu
crescimento no amor? O que há do filho mais novo e do filho mais velho em você?
E o que fazer para tornar-se filho como Jesus?
3.
Não seria este o
momento para buscar a confissão e experimentar a alegria do perdão?
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
www.padrepedrojunior.blogspot.com
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