Neste quinto domingo da quaresma,
mais uma vez, temos a ocasião de refletir sobre a infinita misericórdia de
Deus, que para o homem não dirige palavras de condenação. O desejo de Deus é
que todos se salvem, sua glória se reflete no viver em abundância da pessoa em
todas as dimensões.
Diante da nossa miséria e do
nosso pecado, podemos escutar, como a pecadora do evangelho, as palavras de
Jesus: “Eu também não te condeno”. Iluminados por esta sentença de salvação,
queremos fazer um caminho diferente. A
misericórdia de Deus não é expressão de conivência com a nossa situação de
pecado, mas convite que nos diz que a estrada está sempre aberta para se
iniciar um caminho novo.
Na verdade, Ele nos convida a isso.
O que disse à adúltera diz também a nós hoje: “Podes ir, e de agora em diante não
peques mais”. Queremos trilhar este caminho de graça que Jesus nos aponta como
uma resposta de amor ao Deus que nunca se cansa de nos amar e que nos ama não
obstante o nosso pecado.
“Esquecendo o que fica para trás,
eu me lanço para o que está na frente”. Sim, estas palavras do apóstolo Paulo
estimulam-nos a não viver apegados ao passado numa atitude de auto-condenação
ou de condenação dos outros. À luz do agir de Deus, somos sempre convidados a
dar uma chance a nós mesmos e aos outros.
Vamos caminhar com esperança,
contando com a graça de Deus e trilhar a estrada do êxodo, da libertação mesmo
que isto comporte etapas e um longo tempo, afinal de contas “Roma não foi feita
em um só dia”.
Como o salmista, queremos exultar
de alegria (cf. Sl 125,3) porque Deus nos toma pela mão e nos indica o caminho
da libertação. Ele abre uma estrada no deserto e faz correr rios na terra seca
(cf. Is 43,19). Sobretudo ele desmascara a nossa consciência, fazendo-nos
encontrar conosco mesmos e superar o pecado que há em nós e que enxergamos nos
outros.
Para sua reflexão e oração:
Você
tem dado a si e aos outros uma nova chance ou está apegado ao que aconteceu no
passado?
Como está sua consciência: por demais relaxada, não vendo pecado em nada, ou excessivamente rígida, condenando tudo e todos?
Você
tem consciência que, como cristão, é chamado a ser expressão do amor
misericordioso de Deus?
Pe. Pedro Moraes Brito Júnior
www.padrepedrojunior.blogspot.com
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