segunda-feira, 25 de julho de 2011

Reavivar a busca pelo tesouro escondido

A vida comporta muitas decisões. Continuamente temos que fazer escolhas. Optar por alguma coisa significa, na maioria das vezes, deixar outras. Através das nossas opções dizemos quem somos, manifestamos o universo de valores que é presente em nosso coração. O Evangelho nos ensina que é através dos frutos que se conhece a árvore. É através dos nossos atos que manifestamos o nosso ser e através das nossas escolhas elegemos o que se constitui importante e decisivo em nossa vida.

O Evangelho também nos conta a parábola do tesouro escondido (cf. Mt. 14,44) Diz-nos que aquele que o encontra, vende todos os seus bens, deixa tudo para adquirir o campo no qual ele se acha. A vida é feita de renúncias. Os objetivos que devemos perseguir exigem de nós empenho e sacrifícios. É assim, por exemplo, a vida do atleta que, em busca do podium para ter sobre si a medalha da glória, submete-se a contínuos e árduos exercícios.

São Paulo, referindo-se a tal realidade diz-nos, ainda, que os atletas se abstém de tudo para ganhar uma coroa perecível. O apóstolo convida-nos a correr para ganhar a coroa imperecível. A Igreja, em uma das orações coletas da Missa, convida-nos a usar “de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam”. 

Um dos sinais de maturidade humana e de sabedoria é reconhecer, no universo bem diversificado no qual vivemos, aquilo que se constitui como mais importante e essencial.  Como nos diz o pequeno príncipe, o essencial é invisível aos olhos. Isto significa que a sua busca e encontro não dependem da acuidade visual física de quem procura, mas do desejo do coração. Se ele é movido pelo belo, pelo bem, pela verdade e pelo amor, o homem o encontra.

Foi assim, por exemplo, na vida do coração inquieto do jovem Agostinho de Hipona. Seu coração permaneceu em paz somente quando repousou no Senhor e encontrou a beleza sempre antiga e nova: Cristo Jesus. Foi assim também na vida de tantos homens e mulheres que tudo deixaram depois de terem encontrado o Senhor, como São Bento nada antepuseram a Cristo.

Jesus é o tesouro maior por excelência. Estamos dispostos, de fato, a elegê-lo como bem maior do nosso viver? Onde está o teu tesouro aí estará também teu coração. Assim nos ensina o Senhor. Onde está o nosso tesouro? É realmente Cristo Jesus? Estamos dispostos a tudo deixar para ouvir o seu apelo que nos diz: Vem e segue-me! Ele nos chama a ir ao seu encalço e porque ainda hesitamos? O que precisamos deixar? Fitemos o nosso olhar no Senhor e deixemos ser invadidos pela sua presença. Não nos distraímos com o efêmero e superficial, buscando água, como nos diz o profeta, em cisternas vazias. Reavivemos, reacendamos o desejo de querer a Cristo, de buscá-lo e de amá-lo e de caminhar na sua estrada.

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