Esse é o título da nova
novela que estreou no dia 09 de novembro e que tem como protagonista a artista
Juliana Paes, interpretando Carolina, diretora de redação de uma revista de
moda. Em uma das cenas da novela, que fala do desejo de Carolina ter um filho,
ela se tranca no banheiro e diante do espelho diz: “eu quero, eu posso, eu
consigo”.
O desejo de Deus para
cada um de nós é que sejamos “totalmente demais”. Ele nos fez fecundos, como
afirma o livro do Gênesis. Claro, não se trata apenas de uma fecundidade procriativa,
mas nos que diz respeito às todas nossas potencialidades. A ciência já afirmou
que, não obstante todos os inventos do homem, ele apenas desenvolveu uma mínima
parte do que seu cérebro é capaz.
Deus fica feliz com o
nosso desempenho integral. Através do seu Filho Jesus, quis realizar uma obra
de libertação do homem em modo pleno. Jesus na sinagoga de Nazaré afirma,
citando o profeta Isaías, que o Espírito está sobre Ele e o ungiu “para
evangelizar os pobres, enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos
cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para
proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19).
A glória de Deus,
portanto, como afirma Santo Irineu, é o homem vivo em plenitude. Isso nos faz
ter presente que o viver religioso deve ser em primeiro lugar promotor da
pessoa. A história está cheia de vivências equivocadas da fé, nas quais o ser
humano foi diminuído, mortificado e impedido de dar o melhor de si. Tudo isso
foi uma caricatura da fé.
A vivência religiosa
verdadeira passa pelo crivo da humanização. Tornamo-nos mais de Deus, na medida
que nos tornamos mais humanos. A ação de Deus é real em minha vida na medida
que consigo ser eu mesmo, amando-me, acolhendo-me e por sua vez abrindo-me ao
outro e acolhendo-o como é. É
interessante que os grandes santos foram sempre promotores das pessoas.
Estiveram à frente de grandes obras sociais, cujo fim era tornar mais digna a
vida das pessoas e fazê-las mais realizadas.
A fé, por conseguinte,
conduz-nos a acreditar que podemos ser melhores. É uma força propulsora de
vida, de humanização e de progresso. Se em nome da ambição e da determinação,
Carolina disse: “eu quero, eu posso, eu consigo”, movidos pela fé, podemos
dizer, ainda com mais força a mesma frase, superando os desafios, as
dificuldades, levantando a cabeça e olhando para frente com firmeza e
esperança, porque é assim que Deus quer que caminhemos.
Totalmente demais! Esse
é o projeto de Deus para cada um de nós. Ele quer realizar uma obra de
purificação e libertação em nós. Contudo é preciso ter presente que o
totalmente demais de Deus em nós implica em primeiro lugar, o amor. Nesse
sentido o que fazemos das nossas potencialidades deve estar conjugado pela
competência e o amor. Somos chamados a ser competentes no amor.
Essa é a nossa meta de
cristãos, seguidores daquele que veio trazer para todo homem vida e vida em
abundância. Na força da fé digamos com o desejo de realizar em nossas vidas o
projeto de Deus em nós: eu quero, eu posso, eu consigo!
Pe.
Pedro Moraes Brito Júnior