sexta-feira, 13 de maio de 2011

Chamados para amar

O tema da vocação é muito significativo para a nossa existência, pois ele nos repropõe outra temática importante, que é a do sentido da vida. Alguém já disse que esta questão figura entre as questões mais importantes que nos são postas e, mais cedo ou mais tarde, devemos dar-lhe uma resposta. No silêncio da noite, no alvorecer de um novo dia ou diante de uma situação difícil, nos perguntamos: que sentido tem a minha vida? Para que existo?

A capacidade de pensar que o Senhor nos deu, faz com que busquemos o significado e o sentido das coisas, mas também que demos sentido e significado ao que fazemos. Não compreendemos a vida como uma fatalidade ou expressão de um destino irreversível do qual não se pode fugir. Não queremos viver, também, ao sabor dos fatos e acontecimentos que chegam até nós como se fôssemos meros executores de tarefas.
Fomos chamados à vida em primeiro lugar! Mas como vivê-la? Como tornar o nosso viver significativo? Só uma realidade tão gratuita quanto a vida, pode orientar e conduzir o nosso existir: o amor. Fomos chamados a viver no amor.  A Igreja nos diz que o amor é a nossa vocação fundamental. À luz da nossa fé, afirmamos que fomos chamados a amar, porque somos imagem e semelhança de um Deus que é amor.
O amor, por conseguinte, constitui-nos, faz parte do nosso ser e somente vivendo no amor é que realmente somos. Quando deixamos de amar, deixamos de ser e a nossa vida, qual bela aquarela, perde o colorido. Amar e ser amado são duas faces da mesma realidade do amor que são importantíssimas no processo de crescimento e desenvolvimento de uma pessoa. São, também, fundamentais para enveredarmos no caminho da felicidade. Esta só se dá, realmente no amor.
Sendo, portanto, vocacionados para o amor, queremos trilhar um caminho de crescimento no mesmo. Na verdade, nisto consiste a vocação cristã. Como discípulos-missionários de Jesus, a isto somos chamados, seja qual for a nossa condição vocacional. E a nossa busca constante é de sermos perfeitos no amor, fazendo um caminho de progressão na capacidade de amar.
Mas o que é o amor e como nele crescer? O amor se fez carne em Jesus Cristo. Na contemplação de sua pessoa, na escuta de sua Palavra, na observação de tudo quanto Ele fez e de como consumou a sua vida, podemos descobrir, em profundidade, o que é o amor e dizer com Santa Terezinha do Menino Jesus: “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”.

1 comentários :

Eis a nossa vocação. Como disse Sto Agostinho "ama e faze o que quiseres". É o amor que dá sentido às nossas ações e por ele realizamos verdadeiramente a vontade de Deus.
Ler seus textos faz-me sentir saudades de nossas conversas. Sou grato por todo bem que me fez.
Um abraço!

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